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Disciplina e Organização em Mao Tsé-Tung: O Oportunismo como Inimigo Interno da Revolução.

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    Vontade Popular
  • 8 de ago.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 4 de out.

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Toledo - Março de 2025


"Quem são os nossos inimigos? Quem são os nossos amigos? Essa é uma pergunta importantíssima para a revolução."— Mao Tsé-Tung

Fazemos parte da luta ideológica ativa porque ela é uma arma para alcançar a unidade interna do movimento real dos trabalhadores e das demais organizações revolucionárias, em benefício de nosso combate. Cada membro de nossa organização, todo revolucionário, deve empunhar essa arma.


O liberalismo rejeita a luta ideológica e preconiza uma harmonia sem princípios, fantasiada de democracia e liberdade de expressão, provocando a degenerescência política de certas entidades e indivíduos — nos partidos e nas demais organizações revolucionárias. Diante dessa deficiência organizacional, devemos estar atentos a questões fundamentais para a disciplina revolucionária:


  • Quando, em privado, entregamo-nos a críticas irresponsáveis, em vez de fazermos ativamente sugestões à organização; quando nada dizemos diretamente às pessoas, mas falamos muito pelas costas; quando nos calamos nas reuniões e falamos a torto e a direito fora delas — estamos desprezando os princípios da vida coletiva e nos deixando levar por inclinações pessoais. Isso constitui um grave desvio revolucionário. A sinceridade deve guiar o caráter de todo marxista.

  • Quando não obedecemos a ordens decididas coletivamente, colocando nossas opiniões pessoais acima de tudo; quando esperamos apenas atenção por parte da organização, mas repelimos sua disciplina — estamos diante de um desvio organizativo.

  • Quando, em vez de refutar e combater opiniões erradas no interesse da união, da organização e da boa execução do trabalho, nos entregamos a ataques pessoais, buscamos disputas, desafogamos ressentimentos e procuramos vingança — estamos praticando a desorganização.

  • Quando escutamos opiniões erradas sem levantar objeções e deixamos passar expressões contrarrevolucionárias sem denunciá-las, como se nada fosse — estamos sendo cúmplices da desorganização.

  • Quando, entre as massas, não fazemos propaganda, não agitamos, não falamos, não investigamos, não perguntamos, não nos importamos com a sorte do povo e agimos com indiferença — esquecendo que somos comunistas e nos comportando como cidadãos quaisquer — estamos diante de uma forma de indisciplina e de falta de compromisso com a luta máxima pela emancipação da humanidade.

  • Quando vemos alguém cometer atos prejudiciais aos interesses da classe e não nos indignamos, não aconselhamos, não intervimos, não tentamos esclarecer — estamos falhando na tarefa organizativa.

  • Quando não trabalhamos seriamente, agindo apenas para cumprir formalidades, sem plano ou orientação, limitando-nos a "tocar os sinos" enquanto durar nossa função — estamos sendo tomados pela preguiça e pela indisciplina. E a preguiça é o espírito maior da burguesia.

  • Quando julgamos ter prestado grandes serviços à revolução e assumimos ares de vanguarda; quando somos incapazes de realizar grandes feitos, mas desprezamos as tarefas pequenas; quando relaxamos no trabalho e no estudo — estamos em grave prática de indisciplina. Os comunistas devem ser os primeiros em tudo. Devem dominar a teoria e, sobretudo, a prática, pois é somente nela que a teoria se prova correta.

  • Quando cometemos erros, temos consciência deles, mas nos recusamos a corrigi-los — estamos praticando liberalismo conosco mesmos.


Poderíamos citar outros exemplos, mas os acima são os principais. Todos constituem manifestações do liberalismo e do oportunismo.

O liberalismo é extremamente prejudicial às coletividades revolucionárias. É um corrosivo que mina a unidade, afrouxa a coesão, engendra a passividade e provoca dissensões. Ele enfraquece a organização sólida e a disciplina rigorosa, impede a aplicação integral da linha política e separa as organizações das massas populares. É uma tendência profundamente perniciosa.


A origem do liberalismo está no egoísmo da pequena burguesia, que coloca seus interesses pessoais acima dos interesses da revolução. Dela nasce o liberalismo ideológico, político e organizativo.

Os sociais-democratas consideram os princípios do marxismo como dogmas abstratos. Aprovam o marxismo, mas não estão dispostos a colocá-lo em prática — ou, se o fazem, não o aplicam integralmente. Não substituem o liberalismo pelo marxismo. Armam-se tanto de um quanto de outro: falam de marxismo, mas praticam o liberalismo; aplicam o primeiro aos outros e o segundo a si próprios. Carregam ambos e encontram ocasião para usar cada um conforme lhes convém. Assim pensam certos indivíduos e partidos políticos.


O liberalismo é uma manifestação do oportunismo e está em conflito radical com o marxismo. O liberalismo é passividade. Objetivamente, serve ao inimigo. Por isso, o inimigo se regozija quando ele está presente em nossas fileiras. Tal é a natureza do liberalismo. Portanto, não deve haver lugar para ele nas fileiras da revolução.

Penetrados pelo espírito ativo do marxismo, devemos vencer a passividade do liberalismo. Um comunista deve ser aberto, fiel e ativo; deve colocar os interesses da revolução acima de sua própria vida e subordinar seus interesses pessoais aos interesses coletivos. Em todos os momentos, esteja onde estiver, deve manter-se fiel aos princípios corretos e travar uma luta sem tréguas contra todas as ideias e ações equivocadas. Assim, fortalece a vida coletiva da organização e aprofunda os vínculos com as massas.


Um comunista deve preocupar-se mais com a organização e com o povo do que consigo mesmo. Deve atender mais aos outros do que a si próprio. Somente quem age assim pode ser considerado verdadeiramente comunista.

Todos os comunistas fiéis, abertos, ativos e honestos devem se unir para combater as tendências liberais presentes entre nós — e buscar resgatar aqueles que delas se desviaram. Esta é uma das nossas tarefas centrais na frente ideológica.

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