Centros Acadêmicos Independentes e a DCU garantem a volta do Sarau Universitário!
- Vontade Popular

- 23 de out.
- 2 min de leitura

Maringá - Outubro de 2025
Em um gesto de unidade e compromisso real com o movimento estudantil, os Centros Acadêmicos Independentes, junto à Diretoria Cultural (DCU), se articularam coletivamente para viabilizar a volta e a realização do Sarau Universitário, evento que celebra a arte, a diversidade e a resistência dentro da universidade.
A iniciativa surgiu da insatisfação geral com o modelo de eleições do DCE, que há anos se mostra incapaz de promover uma verdadeira integração entre os cursos. Os estudantes afirmam que, a cada gestão, multiplicam-se as promessas de diálogo e participação, mas o que se concretiza são gestões voltadas aos interesses de grupos de sua base eleitoral — deixando de lado as reais demandas da comunidade acadêmica.
Diante desse cenário, os Centros Acadêmicos decidiram agir coletivamente, fora da lógica de disputas burocráticas e eleitorais, fundando a frente Transformação Radical, uma articulação ampla que utiliza o espaço eleitoral não como fim, mas como meio para debater e reconstruir o movimento estudantil.
“Não queremos mais um DCE que funcione como trampolim político ou vitrine partidária. Queremos um movimento que una os cursos, que fortaleça o que é nosso, e que devolva aos estudantes o protagonismo da luta e da cultura universitária”, afirmou um des representantes da frente.
O Sarau Universitário, cuja última edição havia ocorrido há cerca de 15 anos, carrega um peso histórico dentro da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Durante décadas, foi um dos principais espaços de expressão artística e política dos estudantes, reunindo poesia, música, teatro e debate social. Sua proibição e posterior ausência representaram um duro golpe na vida cultural da universidade, marcada por um processo de apagamento das manifestações livres e populares no ambiente acadêmico.
Agora, com a retomada do evento pelos Centros Acadêmicos e pela DCu, o Sarau renasce como símbolo de resistência e reconstrução, reafirmando a arte como ferramenta política e a universidade como espaço vivo de criação e contestação.
Com o apoio mútuo e a autogestão entre os CAs, o Sarau não apenas acontece — ele simboliza a força de um novo modelo de organização, baseado em solidariedade, independência e ação concreta.
A Transformação Radical vem demonstrando que a integração verdadeira não se constrói com promessas eleitorais, mas com prática política enraizada na coletividade. E o Sarau é, antes de tudo, a prova viva de que quando os Centros Acadêmicos se unem, o movimento estudantil respira novamente.



Comentários