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Marcha das Mulheres Indígenas em Brasília: A Força Ancestral que Move.

  • Foto do escritor: Vontade Popular
    Vontade Popular
  • 7 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de out.

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Cascavel - agosto de 2025


O coração do Brasil voltou a pulsar com os cantos de luta, os grafismos de resistência e a sabedoria ancestral das mulheres indígenas. Milhares de guerreiras de diferentes povos, de todo o território nacional, ocuparam as ruas de Brasília na 4ª Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, reafirmando sua luta por território, vida, dignidade e pela continuidade dos modos de existência que o colonialismo tentou sepultar, mas que seguem vivos na memória e na carne de quem nunca deixou de resistir.


Sob o lema “Mulheres Biomas da Terra: em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais”, a marcha reuniu representantes de mais de 150 povos originários, trazendo à tona não apenas denúncias contra a grilagem, o garimpo e a violência institucionalizada, mas também projetos coletivos de futuro — todos baseados em outra forma de viver, produzir e cuidar do mundo.


O Movimento Indígena como Catalisador Revolucionário

Muito além da denúncia, o movimento indígena se consolida, cada vez mais, como força catalisadora da revolução popular brasileira. Ao colocarem o território como centro da vida, os povos indígenas rompem com a lógica de mercantilização da natureza e propõem uma relação com o mundo baseada na coletividade, na reciprocidade e na defesa incondicional da vida.


As mulheres indígenas são protagonistas desse processo. São elas que sustentam os saberes tradicionais, a medicina ancestral, as formas de cuidado coletivo e, ao mesmo tempo, estão à frente das denúncias contra o racismo ambiental, o feminicídio indígena e a violência do Estado.


Um Território que é Também Projeto Político

Ao ocupar Brasília, as mulheres indígenas transformam a capital do poder em território de insurgência. É mais do que uma marcha: é uma retomada simbólica e real de um espaço historicamente negado a seus corpos e vozes. Elas marcham com seus filhos, suas línguas, seus maracás e suas histórias — e, com isso, ensinam que não há transformação real no Brasil sem a centralidade da luta indígena.


O movimento indígena, ao não se submeter à lógica do capital, propõe rupturas radicais. Seu modo de organização é coletivo, comunitário, autônomo e vinculado à terra — negando a propriedade privada e o extrativismo predatório que moldam o atual sistema. Ao lado de camponeses, quilombolas, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras das cidades, os povos originários apontam para uma aliança revolucionária entre os oprimidos, capaz de desmontar os alicerces da dominação colonial-capitalista.


Marchar é Retomar

Cada passo dado pelas mulheres indígenas em Brasília ecoa séculos de resistência. É a continuidade de Dandara, Sepé Tiaraju, Cacique Guajajara e tantas outras figuras invisibilizadas pela história oficial. A marcha é, sobretudo, um chamado à sociedade brasileira: ou ouvimos os povos indígenas e mudamos o rumo, ou seguiremos rumo ao colapso.

Em um país fundado sobre o genocídio indígena, não há justiça social sem justiça para os povos originários. A revolução no Brasil será indígena — ou não será.

Que o Brasil escute suas raízes: as mulheres indígenas estão marchando — e com elas, marcha a possibilidade de outro mundo.


Por uma aliança dos que lutam e dos que nunca deixaram de resistir!

Por terra, vida, memória e futuro!


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