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Marighella, 56 anos de presença: o homem que enfrentou ditaduras e inspirou gerações.

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    Vontade Popular
  • há 14 minutos
  • 2 min de leitura

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Maringá - Novembro de 2025



Em 4 de novembro de 1969, tombava em uma emboscada do DOPS em São Paulo o revolucionário Carlos Marighella — poeta, comunista, militante do povo, e símbolo da resistência contra a ditadura militar. Mas naquele mesmo dia, nascia algo que não pôde ser assassinado: a ideia viva de que o povo organizado é invencível.


Filho de um operário negro, Augusto Marighella, e de uma imigrante italiana, Maria Rita, Carlos cresceu em Salvador vendo de perto a desigualdade racial e social. Estudante de engenharia na Escola Politécnica da Bahia, aderiu cedo ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e foi preso pela primeira vez em 1932, por distribuir panfletos contra o governo Vargas. Mesmo torturado, se recusou a delatar seus companheiros — um traço que marcaria toda a sua trajetória.

“Não tenho tempo para ter medo.”— Carlos Marighella, interrogatório de 1939, após tortura no Estado Novo.

Nos anos 1940, foi eleito deputado constituinte, lutando no Congresso por reforma agrária, educação pública e soberania nacional. Com o golpe de 1964, rompeu com a linha passiva do PCB, que apostava apenas na via eleitoral e institucional. Marighella acreditava que a ditadura não cairia com discursos, mas com ação revolucionária organizada.

“A libertação é uma conquista. E não se faz concessão ao inimigo.”— Mini Manual do Guerrilheiro Urbano, 1969.

Em 1968, fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), movimento que buscava unir operários, camponeses e estudantes em torno da luta armada pela libertação do Brasil. Inspirou-se em experiências latino-americanas como a Revolução Cubana e os movimentos de libertação africanos. Seu texto mais famoso, o “Mini Manual do Guerrilheiro Urbano”, tornou-se referência mundial e foi traduzido em mais de 15 idiomas. É um documento político e pedagógico sobre tática, mas também sobre ética revolucionária:

“O revolucionário é um homem que ama. Ama profundamente a liberdade, o povo e a vida, e por isso é capaz de dar a própria vida por eles.”— Marighella, 1969.

A ditadura o classificava como “inimigo número um”. O jornal O Estado de S. Paulo chegou a chamá-lo de “o inimigo público mais perigoso do país”. Na noite de 4 de novembro de 1969, após uma emboscada montada pelo delegado Sérgio Fleury, Marighella foi executado dentro de seu carro, desarmado. Seu corpo foi exposto como troféu — mas seu nome, que tentaram transformar em medo, tornou-se símbolo de coragem.


Hoje, quando vemos o velho Estado reconstituir-se sob novas roupagens, usando a mídia, a desinformação e o medo para manter o povo desorganizado; quando assistimos à falsa esquerda institucional negociar princípios e abandonar a luta de base, o legado de Marighella se levanta como farol.


Ele nos lembra que a revolução não é feita de discursos, mas de organização e consciência de classe. Que a liberdade não se herda — conquista-se.

“O dever de todo revolucionário é fazer a revolução.”— Marighella, discurso à ALN, 1968.

Hoje, 56 anos depois, seguimos com a chama acesa. Por justiça. Por igualdade. Por um Brasil livre da exploração, do racismo, da miséria e da hipocrisia. Pela revolução socialista brasileira!


Porque mataram o homem, mas não mataram o ideal.

Carlos Marighella, presente! Ontem, hoje e sempre!


 
 
 

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